25 setembro, 2008

Clube Desportivo de Montemor


Em tempos existiu o Clube Desportivo de Montemor, fundado em 16 de Janeiro de 1949, e que mais tarde se veio a integrar na Sociedade Recreativa e de Beneficência Montemorense.

22 setembro, 2008

Teatro em Montemor






Algumas fotos de actividades teatrais na Sociedade Recreativa de Montemor
Colaboração de José Fiel e Vítor Gonçalves

09 setembro, 2008

Junta de Freguesia de Loures



No boletim da Junta de Freguesia de Loures, no seu nº 0, datado de Julho de 2008, vem publicada uma elogiosa referência a este blog e a quem nele colabora, o que muito agradecemos.
António José Paulino

30 maio, 2008

A Festa

À entrada de Montemor em tempos de Festa (na época a estrada ainda não estava alcatroada)
Procissão


[colaboração de Encarnação Gregório]

26 maio, 2008

Transportes Morgadinha


Esta foi a primeira camioneta dos Transportes Morgadinha, do sr. Adelino Gregório.
[colaboração da São, na foto]

02 abril, 2008

A Tauromaquia em Montemor

O Testemunho de Vítor Esteves
A tauromaquia era um desporto muito apreciado por parte da população da aldeia. De facto, ainda hoje a Festa da Nossa Senhora da Saúde, que tem lugar na primeira quinzena de Setembro, reúne no “Campo da Bola” muitos montemorenses para, em conjunto, assistirem à “garraiada”.
Nos anos 50, Montemor tinha um jovem aspirante a toureiro que chegou, na verdade, a sê-lo e a representar a aldeia nas praças mais conhecidas do país. É esse testemunho que chega aos nossos dias, na pessoa de Vítor Manuel Luís Esteves que, por entre palavras de alegria e saudosismo, recorda aqueles que foram dos melhores tempos da sua vida.
“Foi algo com que nasci e tive que experimentar e tentar a minha sorte: a vontade de tourear! Desde jovem que fui um apreciador das actividades tauromáquicas e sabia que, mais cedo ou mais tarde, iria aprender esta arte e dedicar-me a ela”. Começou a tourear com 15 anos de idade, “pela primeira vez na Praça de Touros do Campo Pequeno!”, recorda com nostalgia e ponta de orgulho.
E assim foi. Era necessária alguma capacidade financeira, “mas lá fui torneando essa questão e tendo as minhas aulas, sempre como objectivo de seguir com a carreira de toureiro para a frente. As aulas de toureio eram dadas na escola Arena, na respectiva praça de touros. O professor da altura era Augusto Gomes, pai do cabo de forcados de Lisboa José Luís Gomes”.
E os trajes? “Comprava-os numa boutique tauromáquica pertencente ao toureiro Mário Coelho. Sem dúvida, gostava de vestir o meu fato e lançar-me à arena!”
A experiência e aprendizagem que Vítor foi adquirindo permitiram-lhe lançar-se em desafios cada vez mais ousados e, no dia 2 de Novembro de 1956, “vi-me a tourear na Praça do Cartaxo, perante uma boa assistência”.
Mas não só! “Também na Praça de Vila Franca tive uma das melhores – e piores – experiências nestas andanças. Levei uma valente tareia (risos) mas não desisti!” O seu sangue novo, a força de vontade e o gosto pela tauromaquia não o deixaram abandonar aquela que era a sua actividade de paixão.
Naturalmente, nem tudo foi um mar de rosas. Desabafa com muita emoção e uma lagrimazita, que “o Pardal deixa-me grandes saudades… Era um cavalo lindíssimo!”, o que se pode constatar nas fotos.
Só mais tarde é que deixou as lides tauromáquicas, resultado do afastamento da vida de civil e cumprimento de serviço militar. No entanto, este toureiro e músico (pertencente à orquestra municipal de Loures) não renunciou 100% à vida tauromáquica. Muito pelo contrário, continua a assistir a touradas, a apreciá-las tanto quanto pode, e ainda é o músico de serviço em todas as garraiadas montemorenses!

Cláudia Gonçalves e Luísa Gonçalves

24 março, 2008

Vistas de Montemor

Antes das construções à volta da Capela, era esta a vista que se tinha a partir do Ribeiro.
[colaboração de Luísa Gonçalves]

20 março, 2008

Comissão de Festas

Comissão de Festas de 1991


Para se realizar anualmente as festas em honra de Nossa Senhora da Saúde, implica a criação de uma Comissão de Festas, que tem de ter gente disponível e empenhada para que tudo corra com normalidade.
Às vezes não é possível encontrar gente suficiente e disponível e nesses anos não há festa.

[colaboração de Luísa Gonçalves]

14 março, 2008

A Festa de Montemor

Quando eu era miúdo (nos anos '60) no 1º domingo de Setembro era quase sempre organizada a festa em honra da Nossa Senhora da Saúde. Nesse tempo tudo decorria no espaço junto à Capela. Eram ali instalados um palco para a música e as barraquinhas para a Quermesse e para os comes e bebes. No caminho de acesso à Capela eram realizadas as Cavalhadas.

Tratava-se de uma competição a cavalo, inspirada talvez nos torneios medievais, em que dois cavaleiros partiam em conjunto do mesmo lado, com uma lança na mão, que tentavam enfiar num pequeno laço em arame, que estava por debaixo de um cesto, onde estavam guardados os prémios. Os que conseguiam acertar no laço ficavam com o prémio. Normalmente os prémios eram animais vivos (coelhos, galinhas, pombos,...)
Mais tarde com a falta dos cavalos passou a fazer-se o mesmo jogo com bicicletas e motorizadas.
Havia ainda outros jogos, com a subida ao pau ensebado. Era um grande mastro completamente barrado com sebo [que era uma gordura usada para untar as botas, como se fosse para engraxar] que assim dificultava a progressão dos jovens na subida. Havia um prémio no topo do pau para quem conseguisse chegar ao cimo. Não sei se compensava pelo facto de se ficar com a roupa toda estragada.
Mais tarde surgiram as Garraiadas que eram então realizadas dentro de uma estrutura metálica instalada no campo de futebol. Era também aí que se realizavam os tradicionais jogos de futebol entre solteiros e casados, que terminavam sempre numa grande farra de sardinhas e febras e muito vinho tinto.

A festa religiosa era composta pela Missa solene e pela procissão no domingo à tarde pelas ruas da terra. Normalmente acabava sempre com alguma confusão para se saber onde é que a procissão voltava para trás. O problema era o facto do percurso ser longo (cerca de 2 km) e o regresso sempre a subir.E para quem carregava com os andores não era nada fácil. Mas as pessoas que contribuíam com dinheiro para a festa queriam que a procissão passasse à sua porta, mesmo que morassem no fim do Ribeiro, e isto tornava a procissão muito longa e demorada. As casas engalanavam-se. Eram colocadas colchas às janelas. Normalmente convidavam-se familiares e amigos para nos visitarem nessas datas para assim se fazer também uma festa familiar.


António José Paulino

[colaboração de Vítor Esteves, Luísa Gonçalves e Levier Catarino]

10 março, 2008

Os ROUXINÓIS em 1955

Os Rouxinóis em 1955
Eq->Dt: Augusto Duarte, Rufino, Júlio Caracol, Manuel Frederico, Avelino Batista, Vítor Esteves, João Batista


[colaboração de Vítor Esteves e Luísa Gonçalves]

26 fevereiro, 2008

Sociedade Recreativa Montemorense em 1962

Direcção da Sociedade Recreativa e Benificência Montemorense em 1962
E->D em cima:
João Manuel Pedroso, Armando Viana, Jose Martins, Rufino , Vítor Ramos, João Careca, José Pequeno e Carlos Alberto,
Em baixo:
Amadeu, Carmindo Esteves, Vasco Manuel, José Pedro, Augusto Simão e Vítor Esteves.


[colaboração de Vítor Esteves e Luísa Gonçalves]

17 fevereiro, 2008

Arboricultora

Antigamente o transporte público entre Montemor e Lisboa era assegurado pela empresa ARBORICULTORA, Lda., com sede em Caneças, na R. Presidente Manuel Arriaga. Esta empresa era também a concessionária dos trajectos para Lisboa a partir de Caneças, Odivelas e Paiã.
Inicialmente os trajectos em Lisboa terminavam na Estrada do Desvio, passando-se por uma estreita passagem entre os prédios, para a Rua do Lumiar, apanhando-se então a ligação de eléctrico da Carris para o centro da cidade. Na altura o acesso ao centro da cidade não era permitido para não haver concorrência com a Carris.
Mais tarde as camionetas da Arboricultora iam até à Garage Lys, na Rua da Palma e depois até à Rua Antero de Quental, transversal da Avenida Almirante Reis, junto ao Intendente.
A ARBORICULTORA teve origem na actividade de dois empresários de Caneças, Policarpo Domingos Pedroso e o cunhado Francisco dos Santos Paisana, que exploravam uma carreira entre Caneças e o Lumiar. Mas a sua actividade principal era então a comercialização de árvores de fruto, arranjo de jardins e a distribuição da água de Caneças, da Fonte dos Castanheiros, em bilhas de barro. No sítio da Associação dos Amigos de Caneças é possível obter outras informações sobre estas actividades.

[Autocarros 75 e 77, imagem da Associação dos Amigos dos Autocarros]

Horário e Preçário em vigor em 1971, entre Montemor (R. da Saudade) e Lisboa (Rua Antero de Quental, 5-7, na zona do Intendente).
Nesse tempo, este percurso podia fazer-se em apenas 40 minutos e custava 6$50 (seis escudos e cinquenta centavos).


Emblema usado pelos motoristas da Arboricultora no chapéu
[foto cedida por Carlos Caria]


Autocarro nº 14, em 1949


Autocarro nº 21


Autocarro da Arboricultora em Entre Campos


[Documentos cedidos por Policarpo Paisana, proprietário da ARBORICULTORA]


Por iniciativa de um grupo de pais de Montemor junto da Arboricultora foi criado em Dezembro de 1963, um cartão de estudante, que ilustra a função social desta empresa privada.


Em 1963, um bilhete entre Montemor e Lisboa, custava 4$40 e 2$20 para estudantes.

[Colaboração de Luísa Gonçalves]




Outras fotos aqui.




06 fevereiro, 2008

Ti Augusto Charuto

Ti Augusto Charuto

O Ti Augusto Charuto (chamava-se de facto Augusto Prior) era uma das figuras importantes de Montemor. É ele quem inicia a venda da Terra Preta de Montemor.

Uma vez, houve uma tal tempestade em Montemor que se partiu um poste da linha telefónica no Cerrado Grande [estrada entre a Ponte da Bica e Montemor].
O Sr. Augusto que também tinha os seus negócios de Árvores (princípio dos anos 40) precisava de comunicar urgentemente com um cliente de Lisboa mas o telefone não funcionava.
Como não se podia estabelecer ligação telefónica e entretanto anoitecera, estava muito preocupado. Foi então que um miúdo informou que se o poste estava partido e se situava numa curva, talvez se pudesse remediar a situação ligando os dois fios do telefone entre os postes que ficaram de pé.
Pois assim se fez ! ... Ligados efectivamente os dois fios de cobre, e regressados a casa da Ti Rosa, o telefone voltou a funcionar
!
[texto de Levier Duarte Catarino e fotos cedidas por Eugénia Rodrigues]

Ti Augusto Prior e Joaquina Prior

04 fevereiro, 2008

Adega da Ti Rosa do Júlio

Esta adega era palco de várias tertúlias.
Interior da Adega da Ti Rosa do Júlio
Grupo à porta da Adega
Grupo à porta da Adega
Ti Júlio Simões Catarino

[Fotografias cedidas por Aurora Catarino]

03 fevereiro, 2008

Montemorenses na festa de Montemor

Agostinha Mira, Aníbal Rodrigues, Lídia (da ti Maria do Rio), Jaime Castelo, Helena e prima, Joaquim Prior e Augusto Prior e Luís

[foto cedida por Eugénia Rodrigues]

23 janeiro, 2008

A Escola entre 1962 e 1965

Escola em 1962/63
Escola em 1963/64

Escola em 1964/65

Podem ser vistas aqui todas as imagens já disponíveis sobre a Escola Primária de Montemor.

22 janeiro, 2008

Escola Primária em 1949

Escola Primária em 1949
[foto cedida por Aurora Catarino]
Da esquerda para a direita, as identificações já conseguidas:
1ª fila em cima:
1. ?
2. Rufino (Curva da Morte)
3. Carlos Alberto Esteves
4. ?
5. Manuel Frederico
6. ?
7. Júlio Frederico (irmão do Manuel Frederico)
8. Gilberto Silvério
9. Avelino Batista
2ª fila
1. António Luís Esteves
2. ?
3. ?
4. Carlos Augusto Catarino
5. Professora (?)
6. Vítor Esteves (irmão de António Luís Esteves)
7.
8. ?
9. ?
10. ?
11. Joaquim Manuel Casaca (Casal dos Reis)
3ª fila
1. ?
2. Maria Rosa Xavier
3. Maria José (Conchada)
4. Maria Albertina
5. Ermelinda (Nini)
6. ?
7. Arlete Caetano Batista
8. Maria Augusta Casaca (irmã de Joaquim Manuel Casaca)
9. ?
10. Dália Castelo
4ª fila
1. ?
2. ?
3. ?
4. ?
5. Maria Miquelina (Tita) (irmã mais nova da Nini)
6. ?
7. ?
8. ?

18 janeiro, 2008

AGRADECIMENTOS

Cabe aqui um agradecimento especial a todos aqueles que me têm enviado textos, fotos e documentos para publicação neste blog, e que assim conseguem ir dando corpo a esta tentativa de manter viva a memória daquilo que foi a história de Montemor e dos seus habitantes.
Tenho também recebido por e-mail e de viva voz, incentivos e sugestões que pouco a pouco irei tentar concretizar.
Obrigado a todos, e cá fico à espera de mais documentação.

António José Paulino

17 janeiro, 2008

As lavadeiras de Montemor

Lavadeiras de Montemor, no "Rio da Lage", em 1951,
lavando roupa para o Hospital Gama Pinto (Lisboa)
[foto cedida por Lia Xavier]

As barricas, serviam para preparar a barrela (para lavar a roupa) e os cloretos (para a branquear).
Este local é o chamado Rio da Lage mas, como se vê, não é nenhum rio nem tem sequer, qualquer ribeira.

Identificação provisória destas lavadeiras (existem algumas dúvidas que esperamos esclarecer em breve).

Da esquerda para a direita, na fila da frente:
1. Laura Batista ou Esmeralda Pedro (?)
2. Maria Ferreira Catarino
3. Esperança Miranda
4. Maria Careca
5. Maria Teresa Caetano
6. Lucinda Pereira Castelo
7. Helena (mãe do João Manuel) (?)
8. Margarida Caetano
9. Maria Amélia "do Moca"
O miúdo ao centro é o Libério.

Na fila detrás:
10. Lina Alexandrina (de luto pela mãe)
11. Piedade

12. Ilda Duarte (Malaquias)
13. Margarida Xavier Mota
14. Flora Viana
15. (?)
16. Henriqueta Monteiro (com o João Manuel ao colo ?)
17. avó do Armando Viana (?)
18. Gertrudes do "Gaitas" (avó do Libério)

Não se sabe (por enquanto) quem é que tirou esta foto, que terá sido enviada ao ti' Manuel Xavier, que na altura estava a cumprir o serviço militar na Índia.

Em Montemor, assim como em Caneças e outras aldeias saloias próximas, até aos anos 70 do século passado, eram lavadas as roupas de muitas famílias abastadas de Lisboa.
As lavagens eram feitas no lavadouro da Lage (Rio da Lage), no do Ceirão e num outro junto da Quinta da Baleia.
Utilizavam-se barricas para preparar a barrela (para lavar a roupa) e os cloretos (para a branquear). Depois de secar e corar, as roupas eram guardadas em trouxas, sendo transportadas pelas lavadeiras à cabeça.

Ti' Alice com uma trouxa à cabeça

[foto cedida por Vítor Gonçalves]

O transporte para Lisboa, normalmente à 2ª feira de manhãzinha, era feito inicialmente em galeras, depois em camionetas de carga e mais tarde nas camionetas da Arboricultora.

Este assunto foi retratado no famoso filme português “Aldeia da Roupa Branca”, de Chianca Garcia, com a actriz Beatriz Costa (1938).





Nele era cantada pela Beatriz Costa, esta composição de Raul Portela, Chianca Garcia e A. Curto.

Ó rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.

Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval,
Que a freguesa deu ao rol.

Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Um lençol de pano cru,
Vê lá bem tão lavadinho,

Dormindo nele, eu e tu,
Vê lá bem, está cor de linho.