17 junho, 2013

Um pouco mais de história

Numa recente recuperação da Capela de Nossa Senhora da Saúde, em Montemor, ficou legível uma inscrição no arco por cima do altar, tal como se pode ver nesta imagem.
 

"Esta obra mandou fazer António Prior sendo Procurador e Escrivão Manoel Domingues, com as esmolas dos devotos no ano de 1733".

 

29 março, 2012

O Padre Vítor Melícias e Montemor

Lá na aldeia (Montemor), há 50 anos (no tempo dos Beatles), a assistência religiosa dominical era proporcionada pelo Pe. Acácio Aleixo da Igreja do Campo Grande ou pelo próprio Pároco de Loures, Pe. Antero Jacinto Marques, que ali se deslocavam por iniciativa e a custas de uma grande senhora (D. Maria Justina Grandella Santos) que muito trabalhou naquela aldeia.


Há uma altura em que essa colaboração deixou de poder ser mantida e eis que surgem os Padres Franciscanos a assegurar esse serviço. Tinham uma casa de recuperação de doentes tuberculosos ali perto da aldeia e puderam assim alargar a sua acção a Montemor onde também passaram a divulgar o Jornal "Notícias de Montemor" em coordenação com outro benemérito da aldeia (Jorge Oliveira Boturão).

Num desses Domingos (principio dos anos 60), surge para rezar a Missa um padre novo, alegre e comunicativo, ou seja exactamente o Frade Vítor Melícias, mas fê-lo em português e não em latim como seria esperado.

Corria o Concílio Vaticano II e o Sr. Padre Melícias não esteve com mais aquelas. Missa para que o povo entendesse e mais nada.

Foi a nossa primeira Missa celebrada em português lá na terra.
E assim continuou sendo, até ao dia em que surgiu, bastante mais tarde, a permissão oficializada de assim se passar a proceder.

Em breve voltaremos ao assunto para ver contar outras histórias da passagem do Pe. Vítor Melícias por Montemor.

Levier Catarino

15 março, 2012

A Sociedade fez 77 anos

A Sociedade Recreativa Beneficência Montemorense fez anos (77) e comemorou-os perceito, num almoço convívio no pavilhão de Montemor, para o qual foram convidados todos os sócios.
Seguiu-se uma sessão de fados com a Bárbara Santos e acompanhantes.

15 novembro, 2010

O Manto de Nossa Senhora da Saúde


Depois da implantação da República, ainda em 1910 ou nos anos seguintes, a Capela foi saqueada e roubada a imagem centenária da Senhora da Saúde. Os autores do saque venderam então a imagem a um antiquário em Lisboa.
Umas senhoras de Montemor reconheceram posteriormente a imagem e compraram-na. Como a Capela estava em parte destruída, depositaram-na numa dependência da Quinta de Nª Sª Conceição, em Montemor.
Passados alguns vinte anos, quando foi restaurada a Capela o manto já estava muito danificado e a senhora D. Maria Justina mandou-o fazer de novo, mudando-se os bordados a ouro para um novo tecido. Este trabalho foi feito em Lisboa por alguém devidamente habilitado.
Passados talvez outros 20 anos, este segundo manto foi-se estragando (não esquecer que alguns devotos, quando ocorriam procissões ou outras festas tinham o costume de pregar dinheiro ou outras ofertas no manto) e voltou portanto a ser necessário um outro manto.
A operação de transferência dos bordados a ouro para o novo tecido, foi realizada por mim, (Maria Luzia).
Porém, para que este manto não se estragasse ao fim de algum tempo, foi feito um segundo manto novo (mas já sem os bordados a ouro) que passou a ser utilizado permanentemente; poupava-se assim o que tinha os bordados a ouro, que apenas passou a ser utilizado nas Festas ou Procissões.
No ano de 2009, como o manto bordado a ouro já estava bastante danificado, mandou-se fazer um manto novo, bordado á mão, igual ao que era usado.

Maria Luzia

23 julho, 2010

Localização de Montemor

Aqui está a localização da Capela de Nossa Senhora da Saúde, em Montemor:

Ver mapa maior

01 fevereiro, 2010

Os 75 anos da Sociedade


O Almoço foi de festa, para comemorar os 75 anos de existência da Sociedade Recreativa Beneficência Montemorense.

Albúm de Fotografias da Festa:
SRBM 75 anos

24 dezembro, 2009

Natal de 2009


À entrada de Montemor, neste Natal de 2009

02 junho, 2009

Cruzada Eucarística 1953

Como se pode ler no "Notícias de Montemor" de 5 de Abril de 1953, "desde o dia 1 de Março que o lugar de Montemor possue um destacamento do numerosíssimo exército de Cristo Rei. (...)".
Foram estas as 10 crianças a quem coube a honra de serem os primeiros cruzados de Montemor.

Ermelinda Viana, Joaquina Nave, Albertina dos Santos, Arlete Caetano e Dália Castelo

Carlos Augusto Catarino, Júlio Miranda, Horácio Silvério, Avelino Baptista e Manuel Frederico Miranda


29 maio, 2009

Festa de Despedida do Avelino em 1961

Festa de despedida de Avelino Baptista em 1961, quando partiu para a guerra em Angola, em missão de soberania (como então se dizia).
Estes eram alguns dos jovens de Montemor, que então tinham entre 19 e 23 anos.


Foto tirada no muro em frente à Capela
E->D, Laura (peixeira), Aurora Catarino, Cilinha, Beta, Lurdes Canoura, Julieta Caetano, Lisete (Flausina), Liliete e Lurdes (do Gil)
Carlos Augusto, Vitinho, Avelino, Arlete, José Pedro, Vítor Ramos e Virgílio Baptista
Gilberto, Hélder, Fernando

Foto tirada no Alto do Mosqueiro

José Brás, Lisete, BVirgílio, Lurdes, Avelino, Arlete, Vitinho e Cilinha, Carlos Augusto, Aurora, Lili e Vítor Ramos

Laura, Fernando, Lurdes Canoura, Julieta, José Pedro, Beta, Gilberto

Mabília (?), Hélder

[colaboração de Arlete Caetano e Avelino Baptista]

Inauguração da Água canalizada

A Água canalizada chegou a Montemor em 1970.

António Luis (presidente da Sociedade Musical e Beneficência Montemorense), Tarré (Presidente da Junta de Freguesia de Loures), Joaquim Dias de Sousa Ribeiro (Presidente da Câmara Municipal de Loures) Fátima e Avelino Baptista (secretário da SMBM)

Sessão Solene na Sociedade

João Canoura, António Luis, Tarré (JF Lrs), Joaquim Dias de Sousa Ribeiro (Pres. CML), Avelino, ? e Vitinho

?, Avelino, Pres. CML , Pres. JFL, António Luis e Augusto Catarino
[colaboração de Arlete Caetano e Avelino Baptista]

Escola Primária de 1948-49

Escola Primária de 1948-49 - 1ª, 2ª e 3ª Classes

Na época a 4ª Classe era feita em Caneças e o Exame final em Loures. Como ainda não existia escola primária na Ponte da Bica, os miúdos frequentavam a Escola em Montemor.

1ª fila em cima, E->D: Amália, Jorge André, Manuel Frederico, Henrique Capão, Odílio, [profª Mariana, de Caneças], Manuel António Pestana (Ponte da Bica), António Luís, Júlio Miranda e Maria José Veríssimo

2ª fila - Avelino, Joaquim Calçudo, Xico do Ceirão, Afonso, Lima, Augusto Simão, Madaleno (PB), ? e Rufino

3ª fila - Dália, Domitília, Otília do Ceirão, Lurdes (irmã da Amália), Tita (ainda não andava na escola), Maria Júlia, Gabriela (do Silvério), Ermelinda (Nini), Manuela Pisco e ?

4ª fila - Américo Pestana, Horácio, Vítor Esteves (Vitinho), Carlos Alberto, Carriço, Joaquim Manuel, Gilberto e Baltazar (o Pilante)

[colaboração de Arlete Caetano e Avelino Baptista]


28 maio, 2009

Escola Primária de 1949-50

Escola Primária de 1948-49, 1ª, 2ª e 3ª Classes
1ª fila em cima da E->D: Baltazar (Pilante), Rufino, Carlos Alberto, Jorge André, [profª Mariana], Manuel Frederico, Américo, Júlio, Gilberto e Avelino

2ª fila: António Luís, Barata, Tonico, Carlos Augusto, Afonso Henriques, Vitinho, Salvado (PB), Carriço, José Jorge (Ceirão) e Joaquim Manuel Casaca

3ª fila: Leonor Loca, Rosa Xavier, Maria José, Albertina, Ermelinda (Nini), Domitília, Arlete, Lídia Casaca, Lurdes André e Dália

4ª fila: ? (PB), Palmira do Ceirão, ? Lima, ?, Tita, ? Lima, Salvado, e ?



[colaboração de Arlete Caetano, Avelino Baptista e Aurora Catarino]

13 maio, 2009

Vista Geral de Montemor em 1955

Vista de Montemor de 1955

[colaboração de Arlete Caetano e Avelino Baptista]

16 janeiro, 2009

Fotos antigas de Montemor

Vista para a Capela
Cabine telefónica no Lugar

Vista Geral de Montemor

À entrada de Montemor

[fotos de António José Paulino]

Curiosidades de outros tempos



Emblema dos motoristas da Arboricultora e um horário de 1949

[colaboração de Carlos Caria, coleccionador]

25 setembro, 2008

Clube Desportivo de Montemor


Em tempos existiu o Clube Desportivo de Montemor, fundado em 16 de Janeiro de 1949, e que mais tarde se veio a integrar na Sociedade Recreativa e de Beneficência Montemorense.

22 setembro, 2008

Teatro em Montemor






Algumas fotos de actividades teatrais na Sociedade Recreativa de Montemor
Colaboração de José Fiel e Vítor Gonçalves

09 setembro, 2008

Junta de Freguesia de Loures



No boletim da Junta de Freguesia de Loures, no seu nº 0, datado de Julho de 2008, vem publicada uma elogiosa referência a este blog e a quem nele colabora, o que muito agradecemos.
António José Paulino

30 maio, 2008

A Festa

À entrada de Montemor em tempos de Festa (na época a estrada ainda não estava alcatroada)
Procissão


[colaboração de Encarnação Gregório]

26 maio, 2008

Transportes Morgadinha


Esta foi a primeira camioneta dos Transportes Morgadinha, do sr. Adelino Gregório.
[colaboração da São, na foto]

02 abril, 2008

A Tauromaquia em Montemor

O Testemunho de Vítor Esteves
A tauromaquia era um desporto muito apreciado por parte da população da aldeia. De facto, ainda hoje a Festa da Nossa Senhora da Saúde, que tem lugar na primeira quinzena de Setembro, reúne no “Campo da Bola” muitos montemorenses para, em conjunto, assistirem à “garraiada”.
Nos anos 50, Montemor tinha um jovem aspirante a toureiro que chegou, na verdade, a sê-lo e a representar a aldeia nas praças mais conhecidas do país. É esse testemunho que chega aos nossos dias, na pessoa de Vítor Manuel Luís Esteves que, por entre palavras de alegria e saudosismo, recorda aqueles que foram dos melhores tempos da sua vida.
“Foi algo com que nasci e tive que experimentar e tentar a minha sorte: a vontade de tourear! Desde jovem que fui um apreciador das actividades tauromáquicas e sabia que, mais cedo ou mais tarde, iria aprender esta arte e dedicar-me a ela”. Começou a tourear com 15 anos de idade, “pela primeira vez na Praça de Touros do Campo Pequeno!”, recorda com nostalgia e ponta de orgulho.
E assim foi. Era necessária alguma capacidade financeira, “mas lá fui torneando essa questão e tendo as minhas aulas, sempre como objectivo de seguir com a carreira de toureiro para a frente. As aulas de toureio eram dadas na escola Arena, na respectiva praça de touros. O professor da altura era Augusto Gomes, pai do cabo de forcados de Lisboa José Luís Gomes”.
E os trajes? “Comprava-os numa boutique tauromáquica pertencente ao toureiro Mário Coelho. Sem dúvida, gostava de vestir o meu fato e lançar-me à arena!”
A experiência e aprendizagem que Vítor foi adquirindo permitiram-lhe lançar-se em desafios cada vez mais ousados e, no dia 2 de Novembro de 1956, “vi-me a tourear na Praça do Cartaxo, perante uma boa assistência”.
Mas não só! “Também na Praça de Vila Franca tive uma das melhores – e piores – experiências nestas andanças. Levei uma valente tareia (risos) mas não desisti!” O seu sangue novo, a força de vontade e o gosto pela tauromaquia não o deixaram abandonar aquela que era a sua actividade de paixão.
Naturalmente, nem tudo foi um mar de rosas. Desabafa com muita emoção e uma lagrimazita, que “o Pardal deixa-me grandes saudades… Era um cavalo lindíssimo!”, o que se pode constatar nas fotos.
Só mais tarde é que deixou as lides tauromáquicas, resultado do afastamento da vida de civil e cumprimento de serviço militar. No entanto, este toureiro e músico (pertencente à orquestra municipal de Loures) não renunciou 100% à vida tauromáquica. Muito pelo contrário, continua a assistir a touradas, a apreciá-las tanto quanto pode, e ainda é o músico de serviço em todas as garraiadas montemorenses!

Cláudia Gonçalves e Luísa Gonçalves

24 março, 2008

Vistas de Montemor

Antes das construções à volta da Capela, era esta a vista que se tinha a partir do Ribeiro.
[colaboração de Luísa Gonçalves]

20 março, 2008

Comissão de Festas

Comissão de Festas de 1991


Para se realizar anualmente as festas em honra de Nossa Senhora da Saúde, implica a criação de uma Comissão de Festas, que tem de ter gente disponível e empenhada para que tudo corra com normalidade.
Às vezes não é possível encontrar gente suficiente e disponível e nesses anos não há festa.

[colaboração de Luísa Gonçalves]

14 março, 2008

A Festa de Montemor

Quando eu era miúdo (nos anos '60) no 1º domingo de Setembro era quase sempre organizada a festa em honra da Nossa Senhora da Saúde. Nesse tempo tudo decorria no espaço junto à Capela. Eram ali instalados um palco para a música e as barraquinhas para a Quermesse e para os comes e bebes. No caminho de acesso à Capela eram realizadas as Cavalhadas.

Tratava-se de uma competição a cavalo, inspirada talvez nos torneios medievais, em que dois cavaleiros partiam em conjunto do mesmo lado, com uma lança na mão, que tentavam enfiar num pequeno laço em arame, que estava por debaixo de um cesto, onde estavam guardados os prémios. Os que conseguiam acertar no laço ficavam com o prémio. Normalmente os prémios eram animais vivos (coelhos, galinhas, pombos,...)
Mais tarde com a falta dos cavalos passou a fazer-se o mesmo jogo com bicicletas e motorizadas.
Havia ainda outros jogos, com a subida ao pau ensebado. Era um grande mastro completamente barrado com sebo [que era uma gordura usada para untar as botas, como se fosse para engraxar] que assim dificultava a progressão dos jovens na subida. Havia um prémio no topo do pau para quem conseguisse chegar ao cimo. Não sei se compensava pelo facto de se ficar com a roupa toda estragada.
Mais tarde surgiram as Garraiadas que eram então realizadas dentro de uma estrutura metálica instalada no campo de futebol. Era também aí que se realizavam os tradicionais jogos de futebol entre solteiros e casados, que terminavam sempre numa grande farra de sardinhas e febras e muito vinho tinto.

A festa religiosa era composta pela Missa solene e pela procissão no domingo à tarde pelas ruas da terra. Normalmente acabava sempre com alguma confusão para se saber onde é que a procissão voltava para trás. O problema era o facto do percurso ser longo (cerca de 2 km) e o regresso sempre a subir.E para quem carregava com os andores não era nada fácil. Mas as pessoas que contribuíam com dinheiro para a festa queriam que a procissão passasse à sua porta, mesmo que morassem no fim do Ribeiro, e isto tornava a procissão muito longa e demorada. As casas engalanavam-se. Eram colocadas colchas às janelas. Normalmente convidavam-se familiares e amigos para nos visitarem nessas datas para assim se fazer também uma festa familiar.


António José Paulino

[colaboração de Vítor Esteves, Luísa Gonçalves e Levier Catarino]